sexta-feira, março 08, 2013


Yamaha Drag Star 650: Na medida certa

         

Arthur Caldeira e Aldo Tizzani

Muitos cromados, duas saídas de escape paralelas e o largo pneu 180/60 na traseira fazem com que a Yamaha Drag Star 650 pareça uma moto de maior capacidade cúbica. Porém, com motor V2 de 649 cm³, é a mais acessível custom de média cilindrada à venda no país.

O preço sugerido do modelo é de R$ 25.000,00. Valor quase R$ 5.000,00 a menos que a Honda Shadow de 750cc, cotada a R$ 29.980,00. Verifica-se a mesma diferença se comparada a Harley-Davidson 883 (R$ 29.900,00) que, entre as três concorrentes, é a única a trazer injeção eletrônica.

Mesmo com motor menor que as adversárias de segmento, o desempenho desta custom de 650cc não deixa a desejar. O propulsor alimentado por dois carburadores e refrigerado a ar dá conta do recado para empurrar o piloto juntamente com os 215 kg (a seco) desta motocicleta.

O melhor é que o torque máximo (de 5,19 kgf.m) chega já nas 3000 rpm. Na estrada, seu habitat natural, muitas vezes não é nem preciso reduzir marcha para fazer uma ultrapassagem. Basta “dar mão” que a moto faz o resto. A potência máxima da custom da Yamaha — 40 cv — é suficiente para uma viagem tranqüila.

Outro ponto positivo é sua autonomia, que pode chegar a 450 km. A uma velocidade constante de 90 Km/h na estrada, a Drag Star percorreu cerca de 30 Km com um litro. Esta custom Yamaha foi feita para quem quer aproveitar cada minuto sobre a moto sem ter pressa para chegar ao destino. Mas se você fizer o “V2” girar alto, uma vez que a potência máxima chega a 6.500 giros, a moto não é nada econômica. O consumo fica em torno de 19 km/l.

Estradeira

Para completar a receita custom, a Drag Star traz um visual long and low (longa e baixa) que pode ser notado na grande distância entre-eixos e na reduzida altura do assento. Seu porte — 2,34 metros de comprimento — até impressiona à primeira vista.

Mas é com a moto rodando que se pode realmente desfrutar das qualidades estradeiras e da boa ergonomia do projeto. O guidão aberto e o banco estilo “sela” são confortáveis. O piloto se sente pronto para rodar muitos quilômetros, apesar da espuma do assento não ser tão firme para esse propósito. Vale destacar também o sistema de transmissão final por eixo-cardã, silencioso e praticamente livre de manutenções.

Para merecer cinco estrelas no quesito conforto, faltam também alguns assessórios na Drag Star, como faróis auxiliares, pára-brisa e pedaleiras plataforma. A garupa sente falta de um banco mais espaçoso e um sissy-bar (encosto). Pequenas “customizações” que são feitas pela maioria dos proprietários do modelo.

Ciclística “rabo duro”

Para reforçar a imagem clássica das “rabo duro” — as antigas custom que não tinham amortecedores traseiros —, a Drag Star esconde o monoamortecedor sob o bem desenhado pára-lama. Fixado à balança traseira por links, copia bem as ondulações de estradas boas, porém, sofre bastante na buraqueira das cidades. Na dianteira, utiliza o tradicional garfo telescópico.

O sistema de freio, a tambor atrás e disco de 298 mm na frente, assim como em outras custom, não é o destaque da moto. Mas levando em consideração a proposta estradeira da Drag Star, a frenagem está compatível.

Conjunto adequado para uma custom e preço atraente frente às concorrentes fazem da Drag Star uma boa opção de compra. “Na medida certa” para quem quer colocar o pé na estrada.

Ficha Técnica

Motor: Dois cilindros em “V”, 649 cm³, SOHC, refrigeração a ar, 2 válvulas por cilindro.
Potência máxima: 40 cv a 6.500 rpm
Torque máximo: 5,19 kgf.m a 3.000 rpm
Diâmetro x curso: 91,0 X 63,0 mm
Sistema de alimentação: dois carburadores
Relação de compressão: 9:1
Sistema de partida: Elétrica
Câmbio: 5 marchas
Transmissão final: Eixo-cardã
Capacidade do tanque: 16 litros (3 l de reserva)
Chassi: Berço duplo em aço tubular
Suspensão dianteira: Garfo telescópico, tradicional, com 140 mm de curso
Suspensão traseira: Balança monoamortecida com curso de 86 mm.
Freio dianteiro: Disco simples de 298 mm
Freio traseiro: Tambor com 130 mm
Pneu dianteiro: 100/90-19
Pneu traseiro: 170/80-15
Dimensões (C X L X A): 2.340 x 880 x 1.065 mm
Distância entre-eixos: 1.610 mm
Altura mínima do solo: 140 mm
Altura do assento: 695 mm
Peso seco: 215 Kg
Cores: Preta e prata
Preço público sugerido: R$ 25.000,00

Fotos: Renato Duraes.
RESPOSTA AOS COMENTÁRIOS:
Gostaria de esclarecer alguns pontos com relação ao teste feito com a Yamaha Drag Star. Cada piloto tem um tipo de tocada. Uns tem “mão pesada”, outros nem tanto, como é o meu caso. Quando piloto uma custom, por exemplo, incorporo o “espírito tiozão”, que não tem a menor pressa de chegar ao seu destino.
No primeiro trecho da viagem para Águas de Lindóia (SP) rodei a 90 Km/h. Sai da Zona Norte de São Paulo (com o tanque cheio - gasolina Premium) e, na seqüência, segui pelas rodovias Bandeirantes, Anhanguera e D. Pedro I. Quando parei no Km 103 da D. Pedro para abastecer e fazer uma média de consumo tive uma grata surpresa. Não gastei R$ 10,00 e o frentista colocou pouco mais de 3 litros (ou melhor, 3,285 l).
A conta é simples, 97 Km percorrido dividido por 3,285 l. Assim a média foi de 29,528 Km/l (cerca de 30 Km/l). Outros fatores podem ter contribuído para esta polêmica marca: Na saída de São Paulo, o frentista pode ter colocado gasolina acima do nível recomendado pelo fabricante. Além disso, viajei com pista livre, asfalto de boa qualidade, pneus calibrados e em boas condições de uso, sem bagagem e com vento a favor.
Se multiplicarmos 16 litros, que é a capacidade do tanque de combustível, por 29,528 l teremos mais de 450 de autonomia. Porém isso na prática não acontece, já que cada um tem um tipo de tocada e vários outros fatores já contribuem para o aumento de consumo: excesso de peso (garupa e bagagem), longos trechos em aclive (serra), pneus descalibrados e estradas em péssimas condições de uso, além em claro, da qualidade do combustível....

segunda-feira, março 04, 2013



Infomoto

Apesar da queda nas vendas de motos em 2012, já há diversas novidades em duas rodas prometidas para desembarcar no Brasil neste ano. E há lançamentos para todos os gostos: de motos aventureiras, passando por modelos custom e até esportivas. Fizemos uma lista de 10 motos que vão chegar ao mercado neste ano. Escolha a sua e acelere com a gente.

BMW R 1200 GS
Praticamente ícone entre as bigtrails, a nova versão da R 1200 GS vai trazer uma grande mudança para este ano: o tradicional motor boxer de dois cilindros opostos vai ganhar refrigeração líquida, entre outros aperfeiçoamentos, que vai oferecer mais potência. Além disso, a bigtrail alemã teve seu visual atualizado. O lançamento mundial da R 1200 GS 2013 vai acontecer neste primeiro trimestre e o modelo deve desembarcar no Brasil ainda este ano.

Kawasaki Z800
Evolução da bem sucedida naked Z750, aZ 800 foi apresentada no Salão de Colônia (ALE), em outubro do ano passado. Com maior capacidade cúbica e um novo visual, a nova Z 800 chega para celebrar os 40 anos da família Z, as nakeds da Kawasaki. Já lançada oficialmente na Europa, a Z 800 já apareceu até mesmo em um vídeo no Brasil, então apostamos que o novo modelo deva chegar às concessionárias da marca em breve. Seu novo motor, de maior capacidade, produz 113 cv de potência máxima.

Triumph Daytona 675
A superesportiva de média capacidade da fábrica inglesa foi reformulada no final do ano passado – bem quando a marca anunciava sua chegada oficial ao Brasil. E os executivos da Triumph não fizeram mistério: confirmaram a vinda da nova versão para o Brasil, neste primeiro semestre, sendo inclusive montada na fábrica da marca em Manaus (AM). A Daytona 675 ganhou uma nova carenagem, com vincos mais acentuados, e conta agora com um escape no meio do chassi com ponteira do lado direito, que centraliza melhor a massa. O novo propulsor tricilíndrico de 675cc agora é capaz de gerar 128 cv a 12.500 rpm, três a mais do que a versão anterior e garante 7,6 kgf.m de torque máximo.

Honda CRF 250L
Com visual clássico das motos off-road, a CRF 250L utiliza um moderno motor de um cilindro com refrigeração líquida – o mesmo da mini esportiva CBR 250R. O propulsor de exatos 249 cm³ de capacidade conta com comando de válvulas duplo no cabeçote (DOHC) e quatro válvulas por cilindro, além de ser alimentado por injeção eletrônica capaz de gerar 24 cv de potência máxima. Outro destaque da CRF 250L são suas suspensões invertidas na dianteira e freio a disco em ambas as rodas. Fabricada na Tailândia, a nova on/off-road da marca japonesa já foi confirmada para nosso mercado e deve chegar no primeiro trimestre deste ano. O preço ainda não foi confirmado.

MV Agusta Brutale 675
Com a missão de ampliar a participação de mercado da MV Agusta em todo o mundo, a família de três cilindros com 675 cm³ deve também chegar ao Brasil neste ano. Só não sabemos se virá primeiramente a naked Brutale ou a superesportiva F3. Apesar de a F3 ter sido lançada anteriormente, portanto teria mais chances de desembarcar antes por aqui, a Brutale 675 seria uma arma da marca para disputar chegaria um segmento mais “popular”, entre aspas mesmo, o de nakeds de 600cc. Com um visual arrojado e o cuidado nos detalhes, característicos da marca italiana, a Brutale 675 seria uma opção de naked para quem quer se diferenciar – tanto no estilo quanto no preço, ainda não definido para o Brasil, mas certamente mais elevado do que as concorrentes japonesas.

Harley-Davidson Sportster XL 1200 CB
Comemorando os 110 anos em 2013, aHarley trouxe diversas edições comemorativas ao Brasil, entretanto elas não trazem nenhuma novidade de fato, a não ser pela pintura exclusiva e outros detalhes. Já a Sportster XL 1200 Custom CB, uma série limitada, conta com visual diferenciada e oferece uma experiência de pilotagem diferenciada, principalmente pelo guidão Mini Ape elevado e as pedaleiras mais avançadas. Outra novidade do modelo são as rodas raiadas. Na motorização o confiável e robusto motor Evolution de 1200cc. Já nas concessionárias da marca em janeiro, o preço da XL 1200 CB é de R$ 36.500,00.

Husqvarna TE 310R
No final de 2012, a BMW, agora detentora da marca, confirmou a vinda da Husqvarna oficialmente para o Brasil. Infelizmente, no início das operações não há a intenção de vender as motos de rua da Husqvarna no País, mas isso não é necessariamente um problema para o praticantes do off-road, já que dois modelos de enduro foram confirmados: a TE 310R e a TE 477. Damos destaque para o modelo TE 310R por ter dominado o campeonato mundial de enduro com seu motor quatro tempos de 302,4 cm³ que ganhou mais torque e potência para 2013. Se você pensa em acelerar na lama, a nova “Husq” 310R é uma opção a ser considerada.

Kawasaki ZX-636R
Na sua linha de esportivas de média cilindrada, a Kawasaki também apostou na receita de maior capacidade cúbica – assim como fez na Z 800 e na recém-lançada Ninja300. AZX-6R 2013 volta a contar com o propulsor de 636 cc que já equipou gerações anteriores da moto entre 2002 e 2006. Com o novo motor, a Ninja de média cilindrada passa a entregar 137 cv a 13.500 rpm, no lugar dos 128 cv a 14.000 rpm do modelo anterior e recebeu também todo um novo kit eletrônico que inclui freios ABS e controle de tração ajustável em até três níveis. Certamente essa Ninja deve chegar ao País.

Bimota DB 10
A fábrica italiana, famosa pelos seus modelos esportivos, mostrou no Salão de Milão de 2011 sua primeira supermotard a DB10. Equipada com o motor Ducati de dois cilindros e 1.078 cm³, a DB 10 tem um design pra lá de radical, além de diversos componentes com especificações dignas de motos de pista – aliás, uma marca registrada da exclusiva fábrica de Rimini. O representante oficial da marca já confirmou a vinda da DB 10 para o Brasil agora em março de 2013, um prato cheio para quem curte o radical estilo das supermotards.

Honda CB 500F
A naked Honda CB500F, mostrada no último Salão de Milão, em outubro passado, faz parte de uma nova família de motos da marca japonesa que inclui a esportiva CBR 500R e a trail CB 500X. Todas compartilham o mesmo motor – dois cilindros de 48 cv – e foram projetadas para serem motos mais acessíveis e fáceis de pilotar. Seguindo a estratégia da Honda dos últimos anos, que trouxe para cá a NC 700X e a Crostourer, acreditamos que a linha 500 também deve chegar ao Brasil. Apostamos que a versão naked seria a primeira a desembarcar em nosso mercado em função da preferência dos motociclistas brasileiros pelos modelos naked, além do grande sucesso que a antiga CB 500 fez por aqui. Quem sabe no final deste ano já não estaremos testando essa CB 500 do século XXI. (por Arthur Caldeira)
 

Passeio M.G. Bagé Tênis Clube - Laguna Merin