quinta-feira, junho 20, 2013






    
 

Veja motos mais vendidas em 2012 por categoria

Setor de motocicletas é dividido em oito segmentos pela Fenabrave.
Com 79,6% do mercado, Honda lidera em 5 nichos.

Do G1, em São Paulo
 
   A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) divulgou nesta quarta-feira (2) as motos mais vendidas em cada uma das oito categorias durante 2012. A líder de mercado Honda, que fechou o ano passado com 79,64% de participação em vendas de motocicletas no Brasil, chegando a emplacar 1.304.164 unidades, teve produtos como os mais vendidos em cinco categorias. A Yamaha, que possui 10,5% do mercado, e finalizou o 2012 na 2ª posição do ranking, teve moto mais vendida em apenas uma categoria.

Kasinski (5ª colocado) e Harley-Davidson (10º colocado) levaram um segmento cada. Veja abaixo quem foram os cinco mais vendidos entre cada segmento. As categorias a que a elas pertencem são segundo a Fenabrave.

CITY
Honda CG 150 Fan (Foto: Divulgação)Honda CG 150 Fan (Foto: Divulgação)
1º Honda CG 150 - 379.874 unidades
2º Honda CG 125 - 285.313
3º  Yamaha YBR 125 - 82.184
4º Honda CB 300R - 57.471
5º Yamaha Fazer 250 - 25.640
6º Suzuki Intruder 125 - 8.517
7º Dafra Riva 150 - 8.397
8º Suzuki EN 125 - 7.175
9º Suzuki GSR 150i - 5.916
10º Kasinski Comet 150 - 5.647



CUSTOM
Kasinski Mirage 150 (Foto: Divulgação)Kasinski Mirage 150 (Foto: Divulgação)
1º Kasinski Mirage 150 - 2.507
2º Dafra Kansas 150 - 1.832
3º Kasinski Mirage 250 - 1.418
4º Yamaha 950 Midnight Star - 1.142
5º Harley-Davidson XL 883 - 831
6º Harley-Davidson Fat Boy - 736
7º Harley-Davidson V-Rod - 731
8º Honda Shadow 750 - 709
9º Harley-Davidson XL 1200 - 533
10º Suzuki Boulevard M800 - 502


MAXTRAIL
Yamaha XT 660R (Foto: Divulgação)Yamaha XT 660R (Foto: Divulgação)
1º Yamaha XT 660 - 2.695
2º BMW F 800 GS - 2.429
3º Honda XL 700V Transalp - 2.076
4º BMW G 650 GS - 1.982
5º Suzuki DL 650 V-Strom - 972
6º BMW R 1200 GS - 888
7º Kawasaki Versys 1000 - 572
8º Yamaha Super Ténéré 1200 - 440
9º Kawasaki Versys 1000 - 198
10º Triumph Tiger 800 XC - 46


NAKED
Honda CB 600F Hornet (Foto: Divulgação)Honda CB 600F Hornet (Foto: Divulgação)
1º Honda CB 600 Hornet - 4.279
2º Yamaha XJ6 N - 3.565
3º Honda CB 1000R - 1.995
4º Kawasaki Z750 - 1.252
5º Kawasaki ER-6n - 1.174
6º BMW F 800 R - 1.048
7º Kawasaki Z1000 - 524
8º Suzuki Bandit 650 - 468
9º Suzuki Bandit 1250 - 405
10º Harley-Davidson XR 1200 - 276

SCOOTER/CUB
Honda Biz 125 (Foto: Divulgação)Honda Biz 125 (Foto: Divulgação)
1º Honda Biz - 222.557
2º Honda Pop 100 - 95.759
3º Yamaha Crypton - 23.174
4º Honda Lead 110 - 17.128
5º Suzuki Burgman - 7.941
6º Yamaha Neo - 4.029
7º Shineray XY 50 - 3.617
8º Flash MV Teen 50 - 3.103
9º Dafra Zig 100 - 3.027
10º Kasinski Soft - 2.801

SPORT
Honda CBR 250R (Foto: Divulgação)Honda CBR 250R (Foto: Divulgação)
1º Honda CBR 250R - 3.334
2º Kawasaki Ninja 250R - 3.213
3º Kasinski Comet GT 250R - 2.365
4º Honda CB 600F - 2.341
5º Honda CBR 1000RR - 1.089
6º Honda CBR 600RR - 712
7º BMW S 1000 RR - 702
8º Suzuki GSX-R 750 - 613
9º Kawasaki Ninja ZX-10R - 546
10º Kawsaki Ninja 650 - 541

TOURING
Harley-Davidson FLSTC Heritage Softail (Foto: Divulgação)Harley-Davidson Heritage Softail (Foto: Divulgação)
1º Harley-Davidson Heritage Softail - 273
2º Harley-Davidson FLHX Street Glide - 265
3º Harley-Davidson Road King Class. - 229
4º BMW K 1600 - 228
5º Harley-Davidson Electra Limited - 217
6º Honda Goldwing GL 1800 - 57
7º Kawasaki Concours - 34
8º BMW R 1200 - 8
9º Harley-Davidson Ultra Electra Glide - 6
10º Kawasaki Police 1000 - 5



TRAIL
Honda NXR 150 Bros (Foto: Divulgação)Honda NXR 150 Bros (Foto: Divulgação)
1º Honda NXR 150 Bros - 192.580
2º Honda XRE 300 - 33.307
3º Yamaha XTZ 125 - 12.923
4º Yamaha XTZ 250 - 9.198
5º Yamaha Lander - 6.342
6º Shineray XY 150GY - 5.187
7º Kasinski CRZ 150 - 2.296
8º Honda NC 700X - 1.125
9º Honda NX-4 Falcon - 1.124
10 Traxx JH 125 - 519

 

domingo, junho 16, 2013




Suzuki GSR 750 agita segmento de nakeds; leia impressões


Arthur Caldeira
Da Infomoto
 
        
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GSR 75014 fotos

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Com a GSR 750, Suzuki acirra disputa no segmento de nakeds mais radicais Doni Castilho/Infomoto
Após algum tempo sem novidades no Brasil, a J. Toledo, representante da Suzuki no Brasil, lançou neste primeiro semestre seis modelos inéditos. O mais interessante é a naked GSR 750. Não só porque coloca a marca na briga em um dos segmentos mais acirrados do mercado, mas por se tratar de uma streetfighter baseada na GSX-R 750, famosa superesportiva japonesa.

Além disso, ela chega com duas boas notícias: freios ABS (como item de série) e preço competitivo (R$ 36.990). Suas rivais são Kawasaki Z800 (R$ 38.990), Triumph Speed Triple (R$ 42.900) e Honda CB 1000R (R$ 43.490), todas mais caras.

TRADICIONAL
A Suzuki usou conhecidas receitas para construir a streetfighter (moto esportiva "transformada" em naked): motor potente (derivado da quinta geração da GSX-R 750, assim como sua ciclística) e visual radical.
Porque se há algo que chama a atenção na GSR 750 é seu design, com linhas angulosas e conjunto óptico diferenciado. A traseira é minimalista e tem LEDs. O escapamento curto e o guidão largo e alto remetem aos modelos streetfighters.

CORAÇÃO ESPORTIVO
A alma do modelo está no seu motor de quatro cilindros, duplo comando nas 16 válvulas e refrigeração líquida. Herdado da GSX-R 750, ele foi retrabalhado com válvulas menores e dutos de admissão mais estreitos, além de um "timing" diferente -- para oferecer mais torque em baixos e médios giros. Potência em altos giros pode ser excelente em uma superesportiva, mas pouco utilizável em uma naked. O propulsor perdeu cerca de 40 cv e agora produz 106 cv de potência máxima e 8,16 kgfm de torque.
O ganho de torque é facilmente notado por quem está acostumado às esportivas. A alimentação feita por injeção eletrônica garante funcionamento linear e sem falhas. Basta acelerar em qualquer marcha que a GSR 750 responde. De maneira suave e sem sustos, diga-se.

O propulsor deve agradar aos antigos fãs da Bandit, acostumados com a docilidade do modelo. Não que falte força para empurrá-la, mas falta empolgação. Ela não instiga. É uma moto mansa para seu visual agressivo. O ronco do motor anima mais do que seu caráter.

A calma da GSR faz a falta de controle de tração passar despercebida. E ainda proporciona um consumo razoável para um motor tetracilíndrico: entre 15,6 e 16,5 km/l, de acordo com o computador de bordo do painel (que lembra o da Bandit, com conta-giros analógico e uma tela digital com velocímetro e consumo instantâneo).
Suzuki GSR 750 2013
+ Motor: Quatro cilindros em linha, 749 cm³, 16V, DOHC, refrigeração líquida.
+ Potência: 106 cv a 10.000 rpm.
+ Torque: 8,16 kgfm a 9.000 rpm.
+ Câmbio: Seis marchas.
+ Alimentação: Injeção eletrônica.
+ Dimensões: 2.115 mm x 785 mm x 1.060 mm (CxLxA).
+ Peso: 213 kg em ordem de marcha.
+ Tanque: 17,5 litros.
+ Preço: R$ 36.990

COMPORTADA
Assim como o motor, a ciclística também busca inspiração em esportivas. O quadro de dupla trave superior tenta reproduzir o da GSX-R 750, mas economizou-se dinheiro usando aço em vez de alumínio. E mesmo assim a Suzuki conseguiu manter baixo o peso: 213 kg em ordem de marcha. Baixo se comparado ao de suas concorrentes: a Z800, por exemplo, pesa 20 kg a mais.

As suspensões também seguem a receita da economia: apesar de invertido (upside-down) o garfo dianteiro traz ajuste na pré-carga da mola apenas, assim como o monoamortecedor traseiro.

Mais acertado para o conforto do que para a esportividade -- como é de se esperar --, o conjunto de suspensões até que surpreende na cidade, absorvendo imperfeições, mas sofrendo nas ondulações. Na estrada, a mesma atitude: a GSR prefere contornar curvas com equilíbrio e suavidade a mudar de direção abruptamente.

Caso o piloto mantenha o traçado pretendido, a GSR 750 parece estar nos trilhos. Em resumo, ela é boa para pilotar com suavidade, sem ser brusco. A estabilidade do conjunto em altas velocidades também não tem oscilações.

Já no quesito freios, a unidade testada decepcionou. Os dois discos duplos de 310 mm de diâmetro mereciam pinças mais modernas do que as pinças duplas da Tokiko. Seu funcionamento foi "borrachudo", ou seja, parava a GSR 750, mas não tinha a reação instantânea de conjuntos mais atuais.

Na traseira, a moto usa um disco de 240 mm com pinça simples. Talvez uma boa opção para iniciantes, mas que não deverá satisfazer veteranos. O sistema ABS é bem vindo e, apesar de não ser dos mais atuais, funciona bem e garante segurança em frenagens emergenciais.

  • Doni Castilho/Infomoto Mais comportada do que o visual sugere, modelo é opção para quem quer naked de quatro cilindros
ERGONOMIA
Entre as características das naked mais radicais, uma das mais marcantes é o guidão alto e largo: utilizado inicialmente para compensar a pouca maneabilidade e o reduzido ângulo de esterço. Na GSR 750, não é diferente. Ao montar na moto, a primeira impressão é que o guidão foi superdimensionado. É ruim rodar no trânsito, porque os espelhos retrovisores ficam apontados para os espelhos de SUVs e vans (mais altos que os carros normais).
Por outro lado, o ângulo de esterço reduzido em baixas velocidades parece desaparecer quando a GSR está em movimento: provavelmente resultado da boa distribuição de peso. Quando se encontra o ritmo da tocada, fica mais fácil mudar de direção e desviar dos carros.

A posição de pilotagem ereta, típica de nakeds, também ajuda. Com as costas esticada e as pernas pouco flexionadas, a posição é confortável. Ponto negativo para o banco de espuma reduzida (e dura), cansativo em viagens mais longas.

BELA CONCORRENTE
Só o fato de acirrar a briga na categoria naked, popular entre os brasileiros, já faz da GSR 750 uma boa surpresa. Mas o modelo vai além: chega com preço bom e para incomodar de verdade suas concorrentes.
Mais prática e amigável do que sua irmã esportiva, ela é uma boa opção para quem não abre mão do ronco de um quatro cilindros em linha.